
Interessante observar que pleito após pleito temos a sensação de que Uberlândia tem ficado cada vez mais enfraquecida nos Legislativos, estadual e federal. Como uma cidade que progride economicamente de modo tão veloz, tem um eleitorado numeroso e vivencia um crescimento populacional dos maiores do país pode conviver com desempenhos eleitorais cada vez mais fracos, no âmbito das casas legislativas. Não faz muito tempo, e tínhamos cinco deputados estaduais e três federais, isto com um eleitorado menos significativo que o de hoje.
Uberlândia está padecendo de um acentuado "egoísmo político" onde candidatos, sem nenhuma perspectiva concreta de vitória, lançam-se à disputa do pleito, tendo estas candidaturas o efeito único de dispersar os votos, gerando esta acentuada dispersão de votos entre os postulantes uma imensa dificuldade dos candidatos uberlandenses se elegerem, tanto para a Assembléia, quanto para a Câmara Federal.
A vizinha cidade de Uberaba, com 214 mil eleitores a menos que Uberlândia, fez a mesma quantidade de deputadores federais que nossa cidade. Em termos puramente matemáticos, Uberlândia poderia ter feito no mínimo mais um deputado federal, caso não existisse esta verdadeira pulverização de votos.
Após a divulgação dos resultados da eleição de 03 de outubro pudemos verificar a imensa quantidade de candidatos de Uberlândia com votação na casa dos vinte, trinta mil votos os quais nem perto passaram da vitória, mas que seguramente colaboraram com o fracasso mútuo das candidaturas uberlandenses.
Para as próximas eleições gerais as lideranças políticas locais devem buscar o consenso quanto à indicação de poucos e viáveis nomes para o pleito, ou teremos de assistir, pleito após pleito, nossa perda de representatividade no Legislativo, não obstante o crescimento de nosso eleitorado. Que os candidatos pensem menos em si mesmos, e mais na cidade de Uberlândia.
Publicado no Jornal "Correio de Uberlândia", de 07.10.2010.
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